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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Manutenção vital

Você já fez uma reforma na sua casa? Quem já fez sabe o que isso significa. Reformar a casa é sempre um transtorno. Tudo fica fora do lugar. O sofá cede espaço a um monte de areia. Há cimento por toda a parte e o cheiro de tinta se espalha no ar. De pouco adianta o planejamento e os prazos. Sempre surgem vazamentos inesperados, serviços mal-feitos e outros imprevistos que aumentam o orçamento e o tempo para terminar a obra. Para evitar aborrecimentos, há quem prefira passar a vida sem qualquer mudança, optando por se acomodar as falhas e imperfeições. Mas quem se aventura a enfrentar o desafio recebe, como recompensa, mais conforto e muito prazer. Nossa vida é como nossa casa. Um lar que podemos manter como está, ou então, reformar, aumentar, redecorar, pôr abaixo se for preciso, para reconstruir de um jeito melhor. Colocar a vida em obras é também um grande transtorno, com um agravamento: você não pode abandoná-la temporariamente, hospedando-se em outro lugar. Tem que aprender a conviver com a areia, o cimento, dividir o seu espaço com o pedreiro, o pintor, a desviar de tijolos, dormir com cheiro de tinta, e trabalhar normalmente, ao som do martelo e da serra. Como se não bastasse, vai chegar a um ponto em que, ao contemplar tudo isso, você vai ter a nítida sensação de que a desordem não terá fim, e amargará o dia em que decidiu abandonar a comodidade do óbvio para buscar novos horizontes, usando a vocação e os talentos que Deus lhe deu. Mas, aos poucos, tudo vai tomando forma. O que foi projeto, ganha contornos de lar resplandecente, novo. Angústias e aborrecimentos ficam no passado e a realidade nova é digna de se admirar. Por maior que seja a dificuldade de se perseguir um sonho, maior ainda é a alegria de vê-lo se concretizar. (autor desconhecido)

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